me sinto só. talvez seja porque o seu corpo quente nessas noites de verão não me é mais suficiente. sinto-me suforcar pela sua respiração ritmada perto do meu ouvido. e seu suspiros, quando estamos juntos, não mais me alegram. não é que eu não te ame mais, entenda. até amo. mas quando isso já não basta, o que mais me entristece é saber que te bastaria essa vidinha que estamos levando. por você, poderíamos nos trancar nesse apartamento, viver de amor e macarrão instantâneo. e eu querendo sair para comer no japonês. você tem medo do mundo. eu quero um mundo mais meu.
deve ser por isso que esse apartamento parece cada vez menor. estou cansada das suas histórias. você, das minhas reclamações. e a porta do banheiro continua rangendo…
janeiro 23, 2009 at 1:48 am
ia comentar que “viver de amor e macarrão instantâneo” sintetiza muito essa idéia romântica que o amor – ou o gostar – é o suficiente. Nunca é. Mas resolvi mudar de idéia. Um desencaixe às vezes não é somente questão de peças fora do lugar, porque por vezes sobra e às vezes falta.